A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma metodologia criada em 1987, pelo psiquiatra e antropólogo Prof. Dr. Adalberto de Paula Barreto, da Universidade Federal do Ceará. A TCI surgiu para responder às demandas do Centro de Direitos Humanos da Comunidade do Pirambú, a maior favela do Estado do Ceará, Brasil e vem sendo aplicada em vários países, tantos nas áreas social, de saúde e da educação. A roda de TCI configura-se como um espaço de acolhimento e de partilha de sentimentos e experiências de vida, movimentando recursos e competências pessoais através da ação terapêutica do próprio grupo, além de impulsionar a formação de uma rede social solidária para o enfrentamento de problemas habituais (BRAZ et al., 2017).
O professor Adalberto Barreto considera que muitos modelos estão centrados na patologia, nos vínculos individuais, solitários, mas que, em contraproposta, a TCI se busca assistir, comunitariamente, a saúde, em espaços públicos. Deste modo, a ideia é a valorização da prevenção, em detrimento de ações exclusivamente curativas. A proposta da prevenção ocorre, sobretudo, estimulando o grupo a lançar mão da criatividade e dos recursos que lhes são peculiares, para idealizar presente e futuro com mais esperança oportunidades (BARRETO, 2005).
Sendo assim, este minicurso tem como objetivos: refletir sobre a Terapia Comunitária Integrativa enquanto instrumento de cuidado à saúde mental; discutir seu arcabouço teórico; e praticar a TCI com os integrantes do minicurso.
Intentando lograr os objetivos propostos, pretendem-se abordar, de forma dinâmica, contando com a interação dos participantes do minicurso, os seguintes pontos:
· Terapia Comunitária Integrativa como tecnologia do cuidado;
· A terapia comunitária e seus pilares teóricos:
o Teoria da Comunicação;
o Antropologia Cultural;
o Resiliência;
o Pensamento Sistêmico;
o Pedagogia de Paulo Freire
· Terapia Comunitária Integrativa: debatendo/explicando o desenvolvimento;
· Roda de Terapia Comunitária Integrativa na prática:
o Momento 1 – Acolhimento;
o Momento 2 – Escolha do Tema;
o Momento 3 – Contextualização;
o Momento 4 – Problematização;
o Momento 5 – Encerramento (Ritual de Agregação e Conotação Positiva);
o Momento 6 – Avaliação.
Público-alvo: Estudantes de graduação, pós-graduação lato e stricto sensu que se interessem por conhecer e/ou aperfeiçoar o método de Terapia Comunitária Integrativa (TCI) enquanto tecnologia do cuidado em Saúde Mental, a ser utilizada nos diversos locais públicos: serviços de Atenção Primária à Saúde, espaços acadêmicos, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), ambientes comunitários, além de outros pontos da Rede de Atenção à Saúde (RAS) e demais espaços sociais.
REFERÊNCIAS:
BARRETO, Adalberto de Paula. Terapia comunitária passo a passo. In: Terapia comunitária passo a passo. 2005. p. 335 p-335 p.
BRAZ, Jaqueline de Lima et al. Terapia Comunitária Integrativa e Seu Diálogo com a Gestalt-Terapia. IGT na Rede, v. 14, n. 27, p. 201-217, 2017.